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JORNAL A VOZ DO ALUNO - Escola Carlos René Egg - Memórias
Em 1990 eu tinha 12 anos e vivia o auge da minha quase adolescência. Adorava praticar esportes e achava que o melhor lugar do mundo era morar na minha casa já que a mesma era perto do Centro Esportivo SESI.
Até então neste momento meu desejo era fazer faculdade de Educação Física a qual alguns anos depois cheguei prestar vestibular para acompanhar minha prima Flávia, passamos, mas só ela seguiu este caminho e hoje é uma profissional conceituada na sua área. Se perguntarem por que resolvi não ir já que passei é que naquele ano estava vivendo outro momento, abrindo meu primeiro negócio: O brechó da Mare que escreverei mais pra frente sobre isso.
De volta aos anos 90, depois de uma deliciosa tarde de piscina indo para casa eu torci o tornozelo (aquelas viradas de pé na rua que fazem a gente ver estrelas), resultado um mês de gesso e sem poder ir à escola. Tem aquela frase que diz: " Tem males que vem pra bem", pois é desde aquela época isso acontece comigo.
No começo estava uma delícia, vovó Maria vinha com o vô Zé me visitar e trazer sequilhos fresquinhos, as tias e primos também por lá, lembro até de uma caixa de ovinhos de codorna que ganhei da tia Inês, mas ao invés de ovinhos estava cheia de brigadeiros..nem preciso dizer que amei o conteúdo e a embalagem, bem original né.
Enfim, mobilizou os parentes, amigas da escola e assim por diante, mas só no começo... depois todo mundo segue seu rumo e eu ali coçando o pé com a régua dentro daquele gesso quente e presa dentro de casa, que até hoje se torna algo muito difícil.
E na minha inquietude surge uma idéia: Fazer um jornal interno para a minha escola, na época E.E. I. Carlos René Egg.
Antes de continuar com a idéia, preciso deixar minha homenagem e gratidão a todos que fizeram parte da minha vida escolar nessa instituição que infelizmente não existe mais. Muito triste quando passo lá perto e vejo que virou estacionamento, vivi lá dos 4 aos 14 anos e era arroz de festa na escola pois fui a única que nunca sai de lá, apenas quando fui fazer colegial que obrigatoriamente me "expulsaram" de lá... rsrsrs...já que não tinham ainda colegial.
Pensando agora, a partir de hoje farei uma coluna especial aqui no blog sobre alguns momentos que penso serem interessantes relembrar, mas agora voltemos para o jornal que é o tema desta postagem..
Recapitulando... eu com o pé quebrado, engessado, sem poder me locomover, cansada de ficar em casa..eis que surge a idéia do Jornal a Voz do Aluno.
Imediatamente comecei a pesquisar sobre o que publicaria, escreveria e etc, visualizei na minha mente e corri para tentar a execução das tarefas. Pedi então para o meu pai datilografar para mim o que eu não conseguia (viva a modernidade de hoje), daí comprei aquelas folhas de mimeógrafo que sujam de roxo as mãos, montei um boneco, sem saber que se chamava boneco com informações diversas que vocês poderão ver nas fotos mais abaixo e fui lá conversar com a diretora da escola.
Graças ao maravilhoso Deus, o médico tinha me liberado do gesso, todo mundo que já engessou sabe como é horrível quando se tira aquele sapato pesado fora, um pé mais fino do que o outro e dificulta para andar, mas lá estava eu feliz de volta a minha escola e agora redatora do jornal principal... na verdade o único...rsrsr
Assim que a diretora Sra. Olivia aprovou a idéia fui encaminhada para a orientadora educacional que achou ótimo e disse que tentaria um patrocínio para o projeto, a fim de que ficasse mais profissional e bonito o jornal, e ela conseguiu. Imediatamente minha prima Marta que era projetista na época desenhou um logo muito especial que depois se transformou até em camiseta.
Hoje vejo a importância disso! Minha primeira publicação saiu com tiragem de 1000 exemplares e patrocinados por uma empresa de consórcio nacional - A Gaplan. Pode parecer pouco para quem ler essas linhas, mas pense, eu só tinha 12 anos.
Não ia conseguir fazer tudo sozinha, então coloquei no quadro de avisos da escola que precisava de colaboradores para participar do projeto, naquela época as crianças queriam brincar e não ficar escrevendo para jornais, mas eis que aparece minha fiel amiga de anos e anos Kátia Aline.
Somos amigas até hoje, na verdade há 27 anos, hoje ela é uma advogada de sucesso aqui e naquele momento ela estava comigo. Era uma delícia, passávamos as tardes na escola colhendo entrevistas, conversando e rindo muitooooo. Nunca fui boa com notas, mas o social sempre fiz muito bem.
Um episódio que vale a pena ressaltar foi quando precisou entrevistar uma pessoa digamos mais intelectual e a Kátia foi lá com as perguntas escritas para ler e o gravador na mão que depois transcrevíamos para publicar, não é que a pessoa falou tão difícil que não entendíamos nada para colocar no jornal, escutamos umas 20 vezes e só riamos... até que a orientadora educacional nos ajudou e tudo se resolveu.
Tudo pronto! Só faltava um lançamento digno para isso e a diretoria da escola providenciou. No dia 8 de novembro de 1990 as 20 horas estavam eu, meus familiares, a escola toda e quem mais pode ir ao lançamento do meu primeiro jornal "A Voz do Aluno" e com a participação do Coral Infantil da Escola.
Lembro como hoje quando fui chamada ao palco para fazer o meu discurso com uma camiseta com o logo do jornal que minha mãe mandou fazer para mim e para a Kátia... e lá estava eu lendo um rascunho que escrevi a mão e recebendo os aplausos finais...e começando uma jornada a qual até hoje vivo, o gosto pela cultura, pela palavra, pelo social e por tudo aquilo que me faz feliz!
Eu scaneei o jornalzinho de quatro páginas para compartilhar com vocês: 90% dele foi feito e idealizado por mim, ali comecei o amor pela pesquisa, seja na área que fosse. Mas, confesso que faria algo diferente!
Afinal, cadê a parte da culináriaaaaaaaaaaaaaaa? Nem dicas e nem receitassssss..... tá certo, a gastronomia viria anos depois e logo conto mais sobre ela.
Abraços a todos
Mariana
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6 comentários:
Que incrível, Mare! Não sabia que vc já tinha feito até jornal interno!! hehehehe
Sempre teve um lado escritora!! ;)
Oi meu querido!
Já fiz tanta coisa, mas sempre voltada para o lado cultural né.
beijossss
Mare
Olha me lembro quando td isso aconteceu,q bom q fiz parte dessa etapa de sua vida e hoje vc continua com o msm empenho de tempos atrás parabéns e muito sucesso .
Muito obrigada a pessoa que deixou este recado, mas não identificação.
abraços
Oi Mare td bem?olha q faze boa da sua vida está, e eu estava trabalhando na sua casa,lembro-me do gesso e das comidinhas lá quarto,aquele monte de papel e muito mais,q vc tenha muito sucesso em tudo q fizeres tá e saiba q te amo.
Gis querida, que honra ler essa mensagem.
Você é a testemunha viva dos fatos e sempre foi nossa companheira em tudo lá em casa.
Obrigada pelo prazer do convivio e por toda amizade.
beijos e te amamosssssssss
Mare
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