quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Aipim, mandioca, macaxeira...chame como quiser, mas deguste de todas as maneiras
A gastronomia está em alta! Mais do que nunca!
Nomes complicados de pratos, ingredientes diferentes, termos franceses para utensílios e assim por diante. Porém, a busca da criatividade plena é a evocação maior.
Acredito nesta criatividades, mas acredito também que ela existe há muito tempo e de muitas maneiras.
No ano de 1500, Jean de Lévy vem ao Brasil e se espanta com uma bebida denominada Cauim, produzida de maneira peculiar onde os índios cortavam o aipim em rodelas como fazemos com os rabanetes, mascavam e ao invés de cuspi-las, colocavam em um outra vasilha para uma nova fermentação.
O resultado: Uma bebida turva e espessa como borra e com gosto de leite azedo. Pode não ter ficado com um sabor para os paladares de hoje, mas em quesito criatividade superou todas as expectativas.
Assim é o aipim, a macaxeira, a mandioca ou outro nome dado, dependendo da região do país.
Um dos alimentos mais antigos, de custo barato e com uma infinidade de preparos, seja dela mesma ou de seus derivados.
Segundo informações, o aipim produz sete toneladas de amido por hectare, em solos tropicais e sem grande trabalho, seu plantio existe a 10 mil anos.
Certos cuidados são necessários, já que algumas espécies são venenosas e precisam de cuidados no preparo para que evapore o terrível ácido cianídico que possuem.
Deixemos o veneno de lado e vamos falar das mandiocas " do bem", aquelas de comemos recém cozidas no café da manhã, ou no preparo de bolos, doces, sorvetes(a tapioca fica deliciosa como sorvete), farinhas, seja ralada ou espremida a variedade de delícias é fantástica.
Um dia desses assisti uma materia sobre a culinária indígena, destacava-se a importância do aipim em suas comunidades e extende para a população nordestina a herança deste consumo,
o mais interessante foi ver um pequeno índio se deliciando com um sanduiche feito de beiju (derivado da mandioca) recheado com uma posta de peixe.
Simplesmente delicioso, básico, fácil e muito criativo.
Tucupi, tacacá, maniçoba, beiju, tapioca, massa puba, pirão dentre outros, você já deve ter ouvido, visto ou experimentado, mas se ainda não, convido você a degustar e recriar uma delícia milenar e que até hoje faz parte das nossas mesas.
Por Mariana de Castro - 26/11/2008
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